quarta-feira, 1 de julho de 2009

A descida do Espírito Santo

Todos juntos num mesmo lugar. Eram cento e vinte corações que palpitavam como um só. Enquanto assentados juntos aguardavam o poder que os habilitara a testificar do Senhor Jesus Cristo, “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8).

Foi um som intenso, penetrante, que vinha de cima do céu, às vezes levantadas em oração, calaram-se no mesmo instante e o recinto foi tomado de silencio humano. Uma voz mansa e interior segredou a cada discípulo ali reunido: é chegada a hora!


O som, que no começo parecia distantes, chegava mais perto. Foi como ruído dum redemoinho, o estrondo duma tormenta chegava cada vez mais perto. Aumentava mais e mais o volume. Por fim, um ruído penetrante e poderoso, invadiu o cenáculo. “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At. 2.3-4).

Esta manifestação deve ter feito os discípulos lembrarem-se das palavras de João Batista “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo” (Mt 3.11). Diante de seus olhos tinham a evidência fixada do cumprimento desta profecia. Mas, independente disso, qualquer judeu entenderia muito bem que o fogo proclamava a presença de Deus, trazendo á sua memória incidentes tais como a sarça ardente “E apareceu-lhe o anjo do SENHOR em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia” (Ex. 3.2), o fogo no Monte Carmelho em 1 Reis 18.36-38, a coluna de fogo no deserto e a visão de Ezequiel “Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo” (Ez. 1.4).

O fato de que as línguas como que de fogo pousando sobre cada um deles, indicava que tinha inicio ali uma nova dispensação, na qual o espírito de Deus já não seria concedido á comunidade como um todo, e sim, a cada membro individualmente. As línguas repartidas, como que de fogo, indicava que o dom sobrenatural de línguas tinha sido outorgado a esse grupo de pessoas. O Espírito Santo como fogo ilumina, purifica, aquece e propaga-se.
Ministrado por Pr. Nunes

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